segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Futuro


Ah, Futuro!

Por que me olhas assim, meio de lado, com tal sorriso enigmático?

Por que me abres a cortina do Destino por meio segundo e foges em seguida, rindo histericamente este riso gelado acompanhado de teu sempre focado cavalo alado?

Não, não te quero conhecer, Futuro.
Já te disse. Não quero.

Não me venhas com estas brincadeiras fugidias.
Não me cortejes como a uma rameira do século dezenove.
Não me ofereças vinho barato nem me tires para uma dança com ratos engravatados.

Deixa-me, Futuro.
Deixa-me só.
Deixa-me apenas terminar tranquilamente meu último cigarro e beber em paz o meu último gole de uísque.

...

Um comentário:

  1. "...nem me tires para uma dança com ratos engravatados." shahusauhasuhsa puta imagem! Não acho que tenha alguma coisa de "pseudo" nesses poemas, Karol x)

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