Mostrando postagens com marcador Crianças. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crianças. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Gato No Telhado

(A pequena eu-mesma de doze anos escreveu este texto em algum dia de verão dos idos anos 2000, em Águas de São Pedro. Encontrei-o abrindo aleatoriamente algumas gavetas velhas de lembranças nostálgicas e ele grudou no meu cérebro implorando para ser compartilhado.)


Era um gato gordo, feio e esquisitão.
Mas também era amigo e muito brincalhão.

Seu nome era Malhado
E vivia no telhado
Sempre que chovia ficava todo molhado

Gostava de sair pelo salão
Sempre arranjando confusão.
Até que um dia, então,
Escorregou e caiu no chão.

Ficou todo envergonhado,
Com o cabelo embraçado,
Até mesmo engraçado!

Todo mundo riu
E o gato se sacudiu
Deu as costas pra platéia
E foi ver a Tetéia

Tetéia, sua amiga,
Era muito esquisita.
Comia ratos no telhado
Achando que era grelhado.

Mas tudo bem!
Os dois eram nota cem!

Eram, não,
Ainda são!

E continuam sempre arranjando confusão.

...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Amor



As crianças brincavam no quintal. A menina de maria-chiquinha nos cabelos corria alegremente pela grama, arrastando pelo pulso o menino sorridente da blusa manchada de terra.

Os dois se divertiam como apenas quem consegue encontrar todas as verdades do Universo em um grande pote de sorvete de chocolate consegue se divertir.

Pararam um momento para descansar debaixo de uma árvore, rindo.

- Eu gosto de você, Marcela - disse o menino da blusa manchada de terra para a menina de maria-chiquinha  nos cabelos - Quando eu olho pra você, fico com uma sensação engraçada no peito, como se uma nuvem de floquinhos doces resolvesse envolver meu corpo com pequenas doses brilhantes de alegria de arco-íris.

- Eu também gosto de você, Luís - respondeu a menina de maria-chiquinha nos cabelos para o menino da blusa manchada de terra - Você não se importa em sujar sua blusa de terra, exatamente como eu.

Então abraçaram-se e sorriram e viveram.
(E nunca mais tocaram neste assunto novamente.)

...