Ônibus lotado é uma coisa esquisitíssima.
Olhando por fora, você nunca imaginaria que realmente há qualquer possibilidade de que caibam dentro dele todas aquelas pessoas encolhidas e retorcidas do jeito que só quem costuma se utilizar do transporte público das grandes cidades sabe como fazer.
Tal peripécia com certeza desafia as leis da física: ali dentro, definitivamente dois corpos podem ocupar o mesmo lugar.
Pois bem, creio que a explicação mais plausível para essa situação seja a de que os ônibus – e trens e metrôs – das grandes megalópoles são, em verdade, pequenos fragmentos isolados de um universo paralelo ao da Terra que foi condenado pela Comissão Interestelar Das Pequenas Causas Desimportantes E Muito Burocráticas a passar o resto da eternidade levando os seres humanos de um lado para o outro das grandes cidades justamente por terem desafiado as leis promulgadas pela famosa Física, aquela CDF briguenta e ranzinza que sempre se achou a Rainha da Cocada Preta só porque conseguia explicar coisas que mais ninguém conseguia.
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– Garçom, desce mais uma gelada, aí, que a autora deste blog tá realmente precisando.
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