Misturando-se à neblina espessa, disforme, toda panos e sombras, a figura ergue-se vagarosamente, revelando estatura imponente e assustando os pequenos momeraths que procuravam biscoitos de polvilho entre as árvores do Bem e do Mal.
Aproximou-se cautelosa das três velas cor de carmim, única iluminação naquela terra de sombras, estalando os ossos e as juntas enferrujadas dos anos sem uso.
Espreguiçou-se e bocejou, fazendo a chama daquelas pequenas fontes luminosas portáteis tremeluzir fracamente.
Num movimento brusco, tirou a capa cinzenta que a encobria e soprou vigorosamente as velas escarlates.
O mundo fez-se escuridão.
E então, da boca daquela figura outrora encapuzada, uma bola cintilante mais brilhante que o próprio Sol surgiu, elevando-se majestosamente para o Céu e ali fixando-se, tal qual pai de todas as coisas viventes sob a luz.
Agora aquele mundo viveria outra vez.
A figura outrora encapuzada ergueu as mãos para cima em adoração e tirou os cabelos cor de arco-íris do rosto. Possuía uma tez translúcida e enormes olhos violetas. Ela abriu seus lábios azulados, respirou profundamente e disse:
- E aê, negada! Sou eu! A Inspiração! Cadê todo mundo? Cadê o champanhe, a cerveja e o vinho? Acabamos de re-inaugurar um mundo onde tudo é possível desde que você não entre em pânico, precisamos MUITO beber até cair!
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Bem-vindos a Manskaoosin!
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