Então, subitamente, com um vendaval de pensamentos, este ser pensante descobriu que pensava. Pensativamente, pensou ser interessante pensar sobre o fato de que realmente pensava, e quais pensamentos pensaria ao pensar.
Pensamentos sobre o próprio pensar foram pensados e repensados, até que, outrora apenas pensamentos pensados pelo ser que pensava, tais pensamentos pensaram, agora, que poderiam, por quê não?, pensar por si próprios os seus próprios pensamentos, mesmo antes tendo sido apenas pensamentos pensados e repensados por aquele primeiro ser pensante que descobrira pensativamente que podia pensar.
E, assim, os pensamentos pensados por aquele primeiro ser pensante que descobriu que pensava passaram, então, pensando por conta própria, a serem eles próprios novos seres pensantes que, por sua vez, descobriram que pensavam, tornando-se, desta forma, pensadores de novos pensamentos que pensariam, após alguns pensamentos, também eles por si próprios, tornando-se eles mesmos novos seres pensantes pensadores de novos pensamentos que seriam a origem de novos seres pensantes que pensariam novos pensamentos e assim infinitamente, até o pensar, agora sem nenhum rastro de sua verdadeira origem pensante, sublimar-se em pensamento e voltar pensativamente a ser apenas um pensamento pensante que descobriu que pensava.
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