Interessante como as
coisas são.
As palavras vêm e vão e pipocam feito bolhas de sabão.
Pensamentos pesados
escorrem dos olhos e transbordam ilusões, sentimentos frustrados e
algumas decepções.
O duende colorido que
mora no jardim sopra seu cachimbo e cabeceia, triste.
A lagarta que
morava ao lado desandou, virou alpiste.
Fantasmas do passado
alheio surgem e chocam, e os pensamentos que nadavam na corrente
perdem a boia e se afogam.
O que se achava certo
torna-se incerto, as lembranças estremecem.
A razão tira férias e
os sentidos padecem.
Mas o guardião do
Castelo, ao ler as notícias, não contem a empolgação: da
escuridão se faz a luz, do caos a criação.
A Feiticeira retira a
carta do Mago de seu baralho e sorri.
Um oceano de mudanças espreita, as ferramentas estão todas aqui.
Um oceano de mudanças espreita, as ferramentas estão todas aqui.
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