Eis que meu subconsciente ataca novamente.
Sonhei que estava no hospital onde o Dr. House trabalha. Eu conversava com algum paciente sobre a misteriosa doença que ele poderia porventura ter quando, subitamente, o homem começou a encolher. E a virar uma mulher. Ele/ela ficou bem pequenininho, do tamanho da palma da minha mão, e começou a rir histericamente. Dr. House então apareceu e colocou o homem-agora-mulher em uma garrafinha plástica. Que de repente virou uma bolha.
Mini-pessoas-bolha em uma festa de casamento |
Eu andei pelo corredor segurando aquele pequeno ser e pensando "isso aqui tá mais pra Dr. Who do que pra Dr. House", e, quando passei pela soleira de uma porta de vidro, um homem de terno preto, cabeça raspada e barba preta pipocou na minha frente com um sorriso maligno e estourou o pequeno homem-mulher-bolha.
- Ah, agora é MIB: Homens de Preto - disse alegremente para a menina que surgiu magicamente do meu lado.
Eu saí do hospital com a menina do meu lado, e um caminhão aberto com um carregamento de pessoas-bolhas estava passando em um viaduto.
- Temos que guardá-los em um lugar seguro! - eu gritei, e comecei a correr até o caminhão. Mas ele estava muito longe, eu nunca conseguiria alcançá-lo.
Então me lembrei que sabia esticar minhas pernas (?!), e assim o fiz. Dei alguns passos elásticos e cheguei até o caminhão. Mas ele era muito maior do que eu, como faria para salvar aquelas pequenas almas dos terríveis Cabeças Intergalácticos?
Ah, é claro! Vou ativar os meus genes gigantes (!?) !
Cresci alguns metros, virei um gigante e peguei o caminhão enquanto ele tentava virar à esquerda na curva de acesso para a avenida principal. O problema foi que, como agora eu era gigante, as pessoas-bolha eram muito minúsculas pra eu poder enxergá-las, e acabei amassando todas elas quando tirei o caminhão do chão.
Comecei a chorar de desespero. E minhas lágrimas viraram uma chuva de verão em São paulo e causaram um dilúvio na cidade.
Mas, para minha surpresa, a massa amorfa que antes fora algumas centenas de mini-pessoas-bolha, em contato com a água das minhas lágrimas, começou a se mexer e tomar forma, virando, por fim, um gigante como eu.
- Temos que salvar os outros! - ele me disse.
E corremos pela cidade inundada, pequena para meus pés de gigantes, até chegarmos em uma sala com tapete de onça e ventilador de teto. Ela era estranhamente grande, o suficiente para que coubéssesmos nela com folga. Acho que era a antessala de um cinema. E ali encontramos o mesmo homenzinho de terno preto, cabeça raspada e barba preta que estourara a primeira pessoa-bolha que apareceu nesta história. E eu imagino que ela também tinha genes gigantes ativáveis em seu código genético, porque estava do mesmo tamanho que eu e o outro gigante-que-outrora-fora-centenas-de-mini-pessoas-bolhas.
- Ahhuyejhg aehuhuieo lçappoqjijjhh - disse ele. E começou a dançar.
E eu e o gigante-que-outrora-fora-centenas-de-mini-pessoas-bolhas começamos a dançar também. Eu ensaiei alguns passos da dança do ventre em cima do ventilador de teto (?!) esperando, com isso, que a história finalmente chegasse ao fim.
Dança Mística Para O Fim Da História |
E acordei.